Obama esteve tão bem na sua visita à Europa que a questão da Turquia, que muito empertiga os europeus, quase é terciária! A cimeira do G20, a sua concepção de UE, a política de união EUA-Europa, a posição face ao nuclear, as relações bilaterais américo-gaulesas, o timing e a retórica. Esteve lá tudo, na devida proporção. Apenas uma coisa foi desproporcionada, o sucesso da visita. É impossível ficar indiferente a Obama. Ele está como Presidente dos EUA a ser igual à campanhã, igual às expectativas, igual a si próprio. A sua habilidade política e a forte presença da ética no cumprimento do seu ainda curto mandato são desarmantes, mesmo para pessoas que como eu, tendemos a achar o seu plano económico demasiado ousado. Enfim... Together we can do it!
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2 horizontes dispersos:
Perdoa o meu Velho-Restelismo, mas continuo descrente. Até porque considero cínicos tão rasgados elogios dos líderes europeus, que não são propriamente adolescentes eufóricas. Mais do que as boas intenções de Obama, penso se não estarão os outros líderes a ser paternalistas.
Já quanto a Obama, volta a demonstrar o calcanhar de Aquiles: a política externa. A questão da Turquia é importante. Uma nação que exige, como contrapartida a votar em alguém, um pedido de desculpas acerca de uns cartoons? Não obrigado. Mas, se Obama quiser associar a Turquia aos EUA, esteja à vontade. O primeiro-ministro dinamarquês esteve bem a livrar-se dessa estúpida questão, já agora. Sem grandes alaridos.
Eu acho que do ponto de vista externo o maior problema de Obama é deliberadamente não receber bem Gordon Brown. Tá bem que eu também não o receberia de braços abertos, mas tanta hostilidade é estranha...
Em relação à Turquia eu acho que é uma falsa questão. Só são europeus no papel, mais de 90% do território está na Ásia. Lá por terem dados as bases aéreas em tempo de guerra fria não são mais europeus por isso...
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