A cimeira do G20 é motivo de gáudio para todos aqueles que defendem um mundo mais equilibrado, mais humano, mais cooperativo, mais previdente. Enfim, a constatação de que em tempos de crise todos concordam no que há muito me parece óbvio: o Liberalismo é natural, a Social-Democracia é humana.
Lamento que a ganância e a crença desmesurada e despudorada nas instituições de mercado seja a prática corrente quando a nau parece ir ter a bom porto. Não o deveria ser, e embora saiba que este meeting foi condicionado pelas circunstâncias, saúdo a quase unanimidade na construção de um mundo que não é só liricamente melhor, é fundamentalmente melhor.
A Final Communique mostrou uma carga esquerdista, em nada esquerdalha. Destaco os pontos:
III - We start from the belief that prosperity is indivisible; that growth, to be sustained, has to be shared; como fundamental na orientação ideologica desta reunião.
XIII - Major failures in the financial sector and in financial regulation and supervision were fundamental causes of the crisis. Confidence will not be restored until we rebuild trust in our financial system; a confissão que faltava e que dará um novo impulso no combate politicamente empenhado à crise.
XVII - Emerging markets and developing countries, which have been the engine of recent world growth, are also now facing challenges which are adding to the current downturn in the global economy. It is imperative for global confidence and economic recovery that capital continues to flow to them; um apoio responsável a um sub-mundo que cada vez mais o deixa de ser, reforçando o G20 e tornando o G7 risível face à dimensão global dos assuntos.
XXII - World trade growth has underpinned rising prosperity for half a century. But it is now falling for the first time in 25 years. Falling demand is exacerbated by growing protectionist pressures and a withdrawal of trade credit; a queda do proteccionismo…
XXV - We are determined not only to restore growth but to lay the foundation for a fair and sustainable world economy. We recognise that the current crisis has a disproportionate impact on the vulnerable in the poorest countries and recognise our collective responsibility to mitigate the social impact of the crisis to minimise long-lasting damage to global potential; o que pode ser lido como uma nova visão global, altruísta e sustentável.
XXVIII - We reaffirm our commitment to address the threat of irreversible climate change, based on the principle of common but differentiated responsibilities, and to reach agreement at the UN Climate Change conference in Copenhagen in December 2009; esperemos que não seja fogo de vista… Esta é uma área sempre na moda nas recentes cimeiras mas no terreno muito pouco é feito.
Lamento que a ganância e a crença desmesurada e despudorada nas instituições de mercado seja a prática corrente quando a nau parece ir ter a bom porto. Não o deveria ser, e embora saiba que este meeting foi condicionado pelas circunstâncias, saúdo a quase unanimidade na construção de um mundo que não é só liricamente melhor, é fundamentalmente melhor.
A Final Communique mostrou uma carga esquerdista, em nada esquerdalha. Destaco os pontos:
III - We start from the belief that prosperity is indivisible; that growth, to be sustained, has to be shared; como fundamental na orientação ideologica desta reunião.
XIII - Major failures in the financial sector and in financial regulation and supervision were fundamental causes of the crisis. Confidence will not be restored until we rebuild trust in our financial system; a confissão que faltava e que dará um novo impulso no combate politicamente empenhado à crise.
XVII - Emerging markets and developing countries, which have been the engine of recent world growth, are also now facing challenges which are adding to the current downturn in the global economy. It is imperative for global confidence and economic recovery that capital continues to flow to them; um apoio responsável a um sub-mundo que cada vez mais o deixa de ser, reforçando o G20 e tornando o G7 risível face à dimensão global dos assuntos.
XXII - World trade growth has underpinned rising prosperity for half a century. But it is now falling for the first time in 25 years. Falling demand is exacerbated by growing protectionist pressures and a withdrawal of trade credit; a queda do proteccionismo…
XXV - We are determined not only to restore growth but to lay the foundation for a fair and sustainable world economy. We recognise that the current crisis has a disproportionate impact on the vulnerable in the poorest countries and recognise our collective responsibility to mitigate the social impact of the crisis to minimise long-lasting damage to global potential; o que pode ser lido como uma nova visão global, altruísta e sustentável.
XXVIII - We reaffirm our commitment to address the threat of irreversible climate change, based on the principle of common but differentiated responsibilities, and to reach agreement at the UN Climate Change conference in Copenhagen in December 2009; esperemos que não seja fogo de vista… Esta é uma área sempre na moda nas recentes cimeiras mas no terreno muito pouco é feito.
É claro que por vezes não se passa da Acta, mas de facto os mercados financeiros reagiram com muita confiança a esta nova espécie de Bretton Hoods dos tempos modernos. Tenho esperança que mexendo com muita coisa na estrutura do FMI, Banco Mundial e outras instituições internacionais, nomeadamente na supervisão e capacidade financeira para o apoio bilateral, estaremos a construir um outro caminho.
Se me perguntarem se acredito, respondo-vos com mais dúvidas do que certezas. Mas que fazer se não congratularmo-nos por este passo bem dado.
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