Caim, o de que todos falam

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É-me bem irrelevante se Saramago acha o que acha sobre a Bíblia, que um porta-voz de uma instituição católica tenha chamado jacobino a Saramago (o meu dedinho que advinha afiança-me que ele há-de ter gostado) ou que um euro-deputado do PSD tenha dito o que disse. Ainda não li nem comprei o livro. Até porque ele há-de ficar mais barato, e de Saramago, estou atrasado em "Ensaio sobre a Lucidez"ou "Intermitências da Morte".

O que realmente me parece é que Caim, é revanchista, e consequentemente um mau livro. Tenho esse palpite. Um palpite que admito, é desonesto pois não li o livro nem o quero ler enquanto cada frase de Saramago ou de contra-Saramago for publicidade gratuita a "Caim". Mas porquê tal obra agora? Acho que Saramago, tendo já estado às portas da morte, não quis deixar para outra encarnação a vingança do que lhe fizeram no início da década de 90, quando o governo português excluiu "Evangelho Segundo Jesus Cristo" de uma lista de livros a enviar para um prémio literário internacional. Esse ignomínia própria dos biltres que nos aculturam deve ser uma espinha entalada na garganta de Saramago. Regurgitou-a agora.

O
único facto de que disponho compõem o meu prognóstico

1 horizontes dispersos:

Flôr de Papel disse...

Já para não falar desta conferência de imprensa, que parece não querer deixar morrer o assunto. Não lhe foram pedidas tantas justificações assim.

Saramago gosta das palmadinhas no ego, que a polémica lhe dá, sobretudo se enfatizar o seu lado de quem come criancinhas ao pequeno-almoço ;)