Vereações e Mandatos, as novas contas

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A inscrição automática nos cadernos eleitorais, da qual eu próprio fui vítima na medida em que me recenseei sem qualquer aviso prévio das instituições, conduz a que as regras de atribuição de mandatos para a Assembleia da Republica e vereações se alterem.

A nível nacional Lisboa perde dois deputados bem como Castelo Branco e Coimbra que perdem um. Aveiro, Braga e Vila Real ganham um mandato cada. Com estas contas falta deslocar um mandato de sítio. Embora não tenha conseguido apurar esse distrito, parece-me ser o Porto. Para além da leitura administrativa que se pode fazer, há também a política onde o PSD sai beneficiado e o PS prejudicado. Isto porque Castelo Branco e Coimbra são tradicionalmente socialistas, ao contrário de Aveiro e sobretudo Vila Real, distritos de forte implementação centro-direita.

A nível autárquico são muitas as alterações e a tendência é de expansão dos cargos autárquicos. Cerca de 500 novos cargos nas autarquias serão criados devido à automatização do processo de recenseamento. Vamos à factura: 1,7 milhões de euros a mais nas câmaras e 350 mil euros de acréscimo de custos nas juntas.

Apesar de todos sabermos que a administração democrática é cara, apelo a que se tenha bom senso neste tipo de questões. É que em tempo de “vacas magras”, um regime de excepção ao alargamento dos gastos camarários seria, provavelmente, o primeiro regime de excepção sério deste país.

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