O Horizonte da Alma XIV

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Não se existe do mesmo modo duas vezes.
Existir, naquela forma total de existir,
Que vai do gesto sensível ao traço calculado.
Não. Há-de ser intimamente diferente de certo.

Os sentidos e a razão tem o ditame do tempo,
E no meio de tudo isto,
Serão o Bem e a Verdade mutantes humanos?
É uma preocupação social.
Mas hoje sobretudo,
Tenho um medo íntimo.

Acordei no espelho da água,
Vi o que já passou, quis acreditar ser real,
Era só água espelhada.


Pedro Carvalho 01/03/09

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