Obrigado Jerónimo

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Hoje, Jerónimo de Sousa, confrontado com uma bateria de perguntas de uma jornalista em ambiente familiar, mais propriamente dentro do seu carro, teve quanto a mim, o melhor momento desta campanha, o que per si denota muita coisa.

Não havia barulho, flashes, encenações ou reabilitações forçadas de antigos dinossauros partidários fazendo discursos anti clímax. Apenas Jerónimo, sem grande preparação, confessando pormenores, sim minudências… Num desses clichés jornalísticos em que a conversa embalava travou-se o seguinte diálogo, em que eu não podendo citar em absoluto, aqui romanceio sem fugir ao cerne:

Jornalista: Tem sido uma boa campanha?
Jerónimo de Sousa: Olhe, na verdade… a melhor de todas sabe! Aconteceu uma situação em que uma menina autista, depois de muito tempo sem falar, disse no pediatra que gostava de falar com o Jerónimo. Ora, o partido foi informado disso e preparou um encontro. Um momento bastante comovente.

Não tendo rigorosamente nada a ver com política, este foi para mim o momento alto, apenas por uma razão, Jerónimo estava visivelmente comocionado. Um momento compensador do espectro humano, e verdadeiro do espectro político. Pode-se não concordar com Jerónimo. Jerónimo pode ser um político mal preparado, de cepa metalúrgica, e que defende uma causa perdida, no razão e no tempo.

Jerónimo de Sousa é certamente tudo isso, mas ele vai a esta e a outras eleições porque acredita em algo, e eu, acredito vivamente que ele acredita. Acredito na sua boa fé, na sua hombridade, e na sua abnegação à res publica. E isso chega-me para lhe dizer:

Muito obrigado Jerónimo de Sousa.

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