Como há sempre um dia, mais tarde ou mais cedo, em que as pessoas – e também os políticos – se revelam, Pedro Passos Coelho e a sua prole mostraram de um só jorro, a matéria ideológica de que são feitos. Porque nunca andando escondidos, o que esta tentativa de Revisão Constitucional, que todos sabem ser impossível de aprovação faz é simplesmente uma coisa: apresentar o PSD de Passos Coelho ao eleitor. Desde o primeiro Congresso do PSD onde Passos Coelho emergiu do figurino, projectando-se desde logo, como claro seguidor de uma coisa ultraliberalista e de concertação social duvidosa, ficaram poucas dúvidas sobre o PSD que os PSD’s queriam para a menage da casa. Primeiro experimentaram alguém que fosse do PSD de sempre, da orientação costumeira, leia-se Cavaquista, e que tantos seguidores – ou devo dizer saudosistas? – elegeram: Manuela Ferreira Leite. Depois, e esgotados os pruridos, abriam-se áleas laranjas e deram-se alvíssaras aos chacais. Dentro deles, escolheram o mais hábil, porque numa coisa Passos Coelho é como poucos dos que eu já vi na política: sabe e exprime sem pudor, exactamente o que quer. E vende tão bem a sua imagem, mais do que qualquer outra coisa, como Sócrates, qual pãozinho quente.
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