Tenho por hábito dizer que se há coisa onde não somo iguais é na capacidade intelectual. Esta é, obviamente, influenciada pelo esforço, dedicação e habilidade nos estudos, bem como num conjunto de outras valências comummente designadas – e abarcadas simplisticamente – de inteligência. Curiosamente, foi principalmente aí que a matriz política de que perfilho deu as maiores provas de progresso, e em certa medida, é o alto nível de educação e competência que vai sustentando a manutenção da Social-Democracia Nórdica. O centro esquerda Social-Democrata resolveu o problema atribuindo educação para todos, num princípio de não discriminação e grande qualidade do ensino público, quer na provisão quer na investigação. Em Portugal, ainda que erroneamente orientado, não custa lembrar o bom principio que guiou um governo PS à “paixão pela Educação”. Por ora, a proposta do PSD prevê que o Estado deixe de se obrigar a «criar um sistema público» e a «estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino». É precisamente o inverso do verificado nos estados Sociais-Democratas do Norte da Europa, onde em termos de Educação, as conclusões são inequívocas: aquele é o melhor e o mais justo dos caminhos, até porque, nas sociedades actuais, a educação é a arma da tão proclama ascensão social com a qual a direita enche a boca. Se querem realmente a meritocracia e a ascensão social, provenham educação sem descriminação ao povo. Sem educação gratuita, só se pode esperar o classicismo e o imobilismo, tanto das classes, como do progresso.
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