(Cont do texto: Onde está o voto deles? - Política )
Onde está o voto deles? - Filosofia
Onde está o voto deles? - Política
Futebol: coisas que falam por si
Os Farsantes
Sócrates vende o TGV e todas as demais políticas duvidosas ad verecundiam, não persegue o estereótipo de intelectual mas antes de estadista e para isso ensaia poses, ora L'État c'est moi, ora No llores por mi Argentina, e termina algures num fundo estranhamente azul, a discursar de improviso sobre um teleponto transparente. Batem-lhe palmas “pensadores hodiernos” que há mínima crítica desatam no primitivo ad hominem.
Eram sete as falácias aprendidas no meu plano curricular de Filosofia 11ºano. Catorze seriam precisas para perceber a tenebrosa construção intelectualizada estilo “três de areia para um de cimento” que muitos ditos livres pensantes da nossa praça fazem. Na Direita dos bons costumes e da filigrana, crescida no seio de bibliotecas mil vezes mais Joaninas que a própria, a intelectualidade e sobretudo o conhecimento incontestável sucumbem a paixões. É pena. Amam e odeiam sem pejo. Não que não haja espaço a pudor nas nossas convicções, o problema é que vendem uma imagem de rigor intelectual onde a isenção é chave. Pacheco Pereira oferece naturezas mortas no seu blog a Manuela Ferreira Leite e revira os olhos a Menezes ou a Passos Coelho. Já sentado na “Quadratura do Círculo”, os seus olhos são a Real Mesa Censória dos novos tempos, fitando António Costa sempre que ele bem ou mal intervém. Indo ao bolso, reluz um cartão de militância, ou no caso de um famoso Blogger, ganha relevo o espaço onde antes constou o mesmo cartão, entregue a alguns anos e, auguro eu, prestes a obter segunda via.
Se no caso da Esquerda há um claro défice de seres pensantes, na Direita há um observável défice de cristalização de posições. Pessoas inteligentes e sabedoras que, tolhidas pela paixão, enviesam os seus raciocínios.
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Outros Social-Democratas
Neste espectro político, a deriva Neoliberal reforçada nas urnas nas eleições europeias é, em última análise, um desencontro com a História, só justificável nas palavras de um homem da Direita conservadora, mas não economicamente ortodoxa, Vasco Polido Valente, que vê na Europa actual uma agremiação de estados que mais não quer que sossego.
Desta feita, o desafio da Social-Democracia passa por não enformar na actualidade, muito pelo contrário, urge uma Diáspora ideológica dentro dos próprios partidos de Centro-Esquerda, urge sangue novo mas sobretudo sangue são, sangue conhecedor da realidade Social-Democrata e sangue incorruptível nas bandeiras ideológicas. Deste modo, antes de devidamente preparados para o acto político, os partidos Social-Democratas devem estar maduros do ponto de vista ideológico. Esta é condição cinequanon para se partir para a verdadeira política com a presunção de Verdade e de missão. Fundar a diferença e a alternativa. Fundar a esperança que o mundo é feito pelas ideias do Homem, porque a mais duradoura e silenciosa escravidão é o vazio de ter no Homem uma simples alfaia do mundo.
Ainda a Homossexualidade e Narciso Mota
Recebi um e-mail com esta audição que aqui vos passo. Trata-se de um comentário na rádio nacional às infelizes palavras do Presidente da Câmara de Pombal. Estas retrógadas declarações, como já houvera dito, chocaram a comunidade, principalmente a mais atenta (Blogs, jornais e agora a rádio).
Sou pombalense, por isso e com muita pena, aqui fica uma triste imagem de Pombal.
"Já começava a ser convidado para cargos honoríficos (...) Já começara, como é hábito de todos os que atingem auela idade, a reprovar sem reserva a juventude pela sua imoralidade (...) já chegara àquela idade em que tudo o que respirava entusiasmo se encolhe no homem (...) O ouro era a sua paixão, o seu ideal, a sua preocupação, o seu prazer, o seu objectivo."
"Em todo o lado fora captada um fluido arredondamento das linhas que existe na natureza e que é visível apenas aos olhos do artista criador, enquanto que no copista resulta em ângulos."
"...é preciso que se diga que no coração russo habita sempre o maravilhoso sentimento de querer defender o oprimido."
Citações de O Retrato de Nikolai Gógol
"O avô Arkhip e Lionka" e "Na salina" de Máximo Gorki
"Nas casas pobres as crianças eram mais estimadas porque se contava com o seu trabalho."
"Porque a verdadeira culpada é a vida. O que é a nossa vida? Uma galé! (...)Trabalha-se, trabalha-se, bebe-se o salário e volta-se para o trabalho. Mais nada! Quando se viveu cinco anos neste regime, pensa bem, perdeu-se até o aspecto humano..."
Citações dos contos "O avô Arkhip e Lionka" e "Na salina" de Gorki
Este tumultuoso escritor russo, íntimo quanto poderiam as circunstâncias de Lenine, e admirável iniciador do Realismo Socialista na literatura, relata com uma frieza dilacerante a vida dos seus miseráveis contemporâneos. Esta própria entrega à causa Socialista levou-o à morte, uma vez que, e fazendo fé nas linhas de Trotski para o New York Times à data, foi mais uma vítima das purgas de Estaline. Para os russos, constitui com Dostoievski e Tolstoi, a Santissíma Trindade da Literatura Russa. Escreveu um realismo esmagador e hipnótico nas figuras da "estepe" e dos "anos da fome", tudo num quadro de desolação inconfortável e desistida de humanidade. Interessante como ícone deste estilo, muitas vezes não mais que propagandista, e que na literatura, mais do que na arquitectura ou pintura, teve uma expressão realmente artística.
A fabulosa estória de Gesualdo da Venosa...
Este texto vai para o Tomo II - Filosofia, não pela estória que nos é contada, mas pela dissecação da bipolaridade estética-ética na obra de arte; algo que apreciei muito numas leituras que fiz de Gogol, das quais, oportunamente discorrerei dos esquissos.
Uma aparição por época
Entretanto, depois de Luís Filipe Vieira ter sido apanhado de "surpresa" durante a entrevista à RTPN, lá esclareceu que nada podia correr mal desta vez. Afinal, LFV e Jesus até são vizinhos numa das casas de que LFV é proprietário!
P.S: O facto de este caso canónico estar já resolvido, bem como quase a totalidade dos meus exames, leva a que este seja o último post de desinteresse desportivo deste blog. Excepção feita se o Caicedo for para o Porto, como agora parece ser possível...
Meninices da Direita
Informo-me agora com espanto que o CDS-PP propôs uma moção de censura ao governo do PS. Uma moção de censura a três meses do final da legislatura é ridícula. Não há o mínimo interesse em desenvolver soluções para os desafios políticos, até porque, parece tudo já em gestão de esforço para as futuras legislativas. Esta moção de censura é só mais um exercício dessa lógica.
Vejamos o propósito desta moção. Qualquer moção de censura é chumbada quando existe uma maioria parlamentar do partido que governa, neste caso o PS. Posto isto, para que serve uma moção de censura? Perdendo a sua componente prática, resta à moção a sua componente simbólica, a de protesto. Ora também esta não cola, não pode colar, pelo simples facto do CDS ter tido quatro anos para apresentar tal moção e apresenta-a agora, depois de uma vitória eleitoral da direita e a três meses do final da legislatura. Esta atitude não só demonstra o minimalismo com que é tratado o múnus legislativo, como também expõem gravemente o carácter perverso do xadrez político nacional.
Com uma moção de censura colocada num momento estratégico (Sócrates iria ter debate semanal esta semana e desta forma muito tempo de antena), Portas aproveita para contar espingardas, sendo certo que o PSD vai votar a favor da moção de censura, pois o último quadro eleitoral mostrou como Manuela Ferreira Leite está refém do CDS-PP. Esta nova submissão não espanta, pois Portas e Ferreira Leite já foram ministros do mesmo (mau) governo, Portas adora ser poder, e Ferreira Leite só saberia governar com maioria absoluta, algo que agora é arma de arremesso contra o PS.
O comportamento dos altos dirigentes da direita nacional anda como que, numa roda-viva de infantilidades maquiavélicas. De fait diver em fait diver, acotovelam-se para alcançar o leme, a proa, e o resto. O que mais me abisma é ainda ter de ouvir os pensadores de Direita, que vão mascarando a falta de conteúdo, e o debate europeu foi cabal na demonstração disso mesmo, com aquele tom de superioridade moral. A escola deles foi a mesma, têm a mesma maneira de brincar.
Este futebol...
O Record traz-nos um dos segredos mais bem guardados na basílica de S.Pedro: "Sem dinheiro não há Jesus". Sim porque isto de trabalhar de borla "tá mau...", até para o Santíssimo. Ah, e é verdade! Este Jesus é lixado, foi aquele que disse no final do jogo na luz que "Ganhar ao Benfica, só na Playstation! Não nos deixam...", mas disso já ninguém se lembra, nem o próprio...
Já A Bola não diz novidade nenhuma. Afinal, a política de contratações do Sporting frequentemente descamba para tipos que caiem cedo de mais... Com Caicedo, tudo seria tal e qual como dantes... Já estou a imaginar os relatos na rádio: "Liedson vai com a bola, agora Caicedo..." ao que um benfiquista impertigado por já estar a levar duas batatas do Liedson dirá por entre recortados vitupérios: "Esse também anda sempre no chão...".
O operário português mais bem pago do mundo
A letargia europeia I
Eis a epopeia da letargia Europeia, escrita por mim, quase como que pensando não ser eu pensando.
Cataclismo, cataclysm, cataclysme, unglück, cataclisma
Findas as Europeias e com poucos deputados por apurar, a Direita sovou a Esquerda Europeia. Uma derrota em toda a linha, onde só Dinamarca, Chipre e Grécia votaram PSE. Tudo o resto é uma mancha PPE (a nossa direita à portuguesa) e a direita liberal da ADLE que consegue vencer na Holanda, Estónia e Finlândia. Mais, só foram penalizados os partidos de governo à esquerda. Em França Sarkozy reforça, em Itália a direita vence tranquila, na Alemanha, esse monstro que sozinho elege 99 deputados, o PPE quase que duplica o PSE. Depois havemos de ter os miseráveis resultados da esquerda em Inglaterra (aposto que os trabalhistas não chegarão a ser sequer segunda força política). Para acabar o caso Polaco, profundamente neoliberal desde a queda do regime comunista, e que elege 24 deputados pelo PPE, 16 por um partido nacionalista da Europa, o UEN “Grupo parlamentar para a União da Europa das Nações” (o nome diz tudo) e apenas 6 para o PSE. O caso polaco é a maior barreira política que a Europa terá para voltar a ser de esquerda, uma vez que aí a direita ganha sempre uma considerável vantagem (neste caso 34 deputados).
Confesso, ainda estar a digerir tão incompreensíveis resultados. A única explicação que até ao momento encontro é a ignorância europeia dos povos que a compõem e como acredito que essa não seja a causa, por agora nada mais.