Li este romance jovial e fresco faz tempo. Lembrei-me agora de o recomendar porque nas gravações do Esplanada, acabou por ir à baila. Aquilo que mais me impressionou é que não escolhendo um tema de excepção: pega na questão do aborto, e não num grande amor entre dois irmãos, um homicídio, a existência, o discurso rácico, a religião, etc etc etc... consegue ser um dos romances mais bem escritos que li até hoje. Preenche em absoluto a minha ideia de Romance: história bem arquitectada que prende; linguagem ornada mas objectiva (que é a suprema mestria literária); e um pensamento, o livro tem de pensar, e os livros pensam quando nos fazem pensar a nós. É uma obra de excelência, dum autor que nunca me desiludiu, e não há como fazer resumo, é mesmo ler. Se não confiam em mim, e fazem bem, saibam que ganhou o Prémio Literário Mondello em 1978.
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