Memória das minhas putas tristes

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“...é impossível não acabar sendo como os outros julgam que somos”

Frase do romance "Memória das minhas putas tristes" de Gabriel García Márquez

Uma história simples, naquele tom alegre e tépido da América Latina, sobre um escritor de 90 anos que, como sempre ao longo da sua vida, “vai às putas”. Desta vez apaixona-se, sem possuir a menina, virgem como ele tinha pedido, que a alcoviteira lhe apresenta. A história é circular, acabando mais ao menos no ponto em que começa, apenas pontificada por episódios de prostituição, de escritos para o jornal ou de recordações dos tempos idos. Depois é todo um cuidado pelo amor, uma reflexão sobre a sociedade na sua pobreza e preconceito, sobre os anos e a velhice, o que os outros esperam da velhice, da nossa e da deles, sobre o tempo... Mas tudo pueril. Aqui e ali, um episódio de pura fantasia já vista num filme qualquer. Sem querer sem injusto, não consigo achar na escrita latina, a potência das grandes escolas...

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