Milita em mim um estado de espírito dissonante. Ora absolutamente feliz e tranquilo, ora agitado procurando coisas que não encontro, pois não existem. Nesses momentos chego a pensar que simplesmente não sei o que ando à procura. É ilusão. Não sei o que procuro, na certa medida de nada me encontrar a procurar. Por vezes, medito isso.
Procurar o que não existe, nunca será um vício, porque é totalmente erróneo e ingrato, quer imaterial, quer fisicamente. Não é com toda a certeza um estado de espírito, embora o pudesse ser de forma platónica. A procura do nada. Ou de algo que por não se conhecer ou saber o que é, se chama nada.
Parece tudo isto tão interessante como desajustado, tão aborrecido como torrencial na minha mente por vezes…
O rebuliço mental não deve ser, nem lamentavelmente desprezado, nem obsessivamente meticuloso, mas a sua análise ponderada leva a conclusões, recria o espírito, e dá-nos vida para além da vida.
Amo essa tão vaga definição de existência, por ser uma das pedras basilares que me mantêm vivo por dentro, por me mostrar caminhos diversos, por nunca me ter abandonado, por ser tão pessoal e honesta, e talvez porque todos temos momentos na vida, em que essa nossa existência intelectual, se deveria sobrepor à física.
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