Debruço-me tão repetidamente às mesmas conclusões.
Não há perdida tão irrecuperável como a morte.
Não há pena justa para quem mata.
Não há compreensão humana para quem vivo está,
Como se já não estivesse.
Se o objecto é a felicidade de alguém,
Apague-se tudo.
Seja-se apenas ninguém,
Ou os iluminados de força interior,
(Aqueles que descendem de Fénix),
Prescrevam um caminho.
Sim, tenho essa total desconfiança.
Posta a felicidade extinta, dois caminhos:
Não ser,
Ou não sendo, caminhar à existência.
A esperança está “in media res”,
Pois que esperança tem uma alma,
Das que sabem não ter perdido a felicidade,
Mas sim que essa morreu,
Espelhando uma eternidade de nada?
Sim, a análise que faço é posterior ao fim de ciclo,
A análise que faço é ao fim último da existência humana:
A felicidade.
Como pode ser a esperança o firmamento fronteiriço com o nada?
Como pode nomear-se príncipe omnipresente, desde o início ao fim do Homem?
Como pode ser um estado de expectativa para com o futuro, o término da questão?
Ser feliz.
Inexistir.
Inexistir caminhando.
É disto que é composto o fim último!
E não suponham que haja esperança nesse caminho.
A esperança é uma crença na longitude benévola do percurso,
Mas inexistir caminhando é um estado tão terminal,
Como inexistir ou ser feliz.
Pedro Carvalho 11/11/08
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