Santa Terrinha...

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Passo na íntegra uma notícia da minha terra. Reparem nos termos, profundamente jornalísticos "o presumível larápio" ou na classe do dito larápio "Um homem entrou num café no Pinheirinho e pediu uma sandes de queijo.".


Voltou a desaparecer o saco do carteiro

É o terceiro furto de correspondência registado no espaço de um mês, no concelho de Pombal.
No início de Novembro, as autoridades receberam a denuncia do furto do saco do carteiro, num quiosque na Ranha e nos Correios em Pombal.

Fonte da Cardal FM revelou que a correspondência furtada continha três cheques destinado a empresas que foram levantados em Lisboa e na Lourinhã.

O terceiro assalto verficou-se na passada quinta-feira.

Um homem entrou num café no Pinheirinho e pediu uma sandes de queijo.

Enquanto o proprietário do estabelecimento se deslocou à cozinha o presumível larápio que aparentava ter entre 45 e 50 anos, apoderou-se do saco dos CTT e colocou-se em fuga numa carrinha azul.

Delicioso não é?

Uma excelente prenda de Natal

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Sai na Quinta-Feira o livro "A Nova Esquerda - Raízes Teóricas e Horizonte Politico", obra do Dr. Celso Cruzeiro, um livro que segundo o autor se trata do seu testamento político.

À primeira vista, um livro muito pertinente, baseado num raciocínio novo que preenche o esqueleto caduco do Marxismo. Nos tempos modernos as ideologias têm caído e sido suprimidas pela conveniência e mesquinhes política. Daí, serem sempre de aplaudir iniciativas de fundo, esforços para reavivar a necessidade veemente de pensar.

Para falar sobre a obra, nada melhor que o autor. Aqui ficam as frases fortes da apresentação de "A Nova Esquerda - Raízes Teóricas e Horizonte Politico":

"Nós não podemos procurar as soluções para as questões conflituais e sociais nas páginas X do "Capital" que Marx escreveu, nós não temos que regressar a Marx nesse sentido, nós temos é de trazer Marx aos dias de hoje e ver até que ponto e em que medida a teoria marxista nos ajuda a perceber a complexidade nova que ele não viu porque não existia no tempo dele"

"Aflige-me muito que na complexidade das sociedades modernas de hoje nós tentemos demonstrar de um ponto de vista de um texto de mais de um século atrás uma solução e nos lamentemos que o texto não seja maior. É porque não somos capazes de, no texto ou na prática, avançar"

"O diálogo é possível. Para isso eu acho que é fundamental quebrar muitas das amarras às nossas próprias estruturas de pensamento, que é preciso ter uma teoria crítica permanente sobre aquilo que fazemos, sobre no que nos inserimos, sobre as ideias que ganhámos, mas isso é muito difícil"

"É preciso acabar com esta paralisação teórica"

"É enquanto vivemos que nos compete fazermos aquilo que nos parece provisoriamente que deve ser feito".

Nota: A minha sugestão restringe-se à temática e ideia. Sobre toda a concepção subjacente ao livro não me posso pronunciar pois enquanto não estiver disponível nas livrarias, desconheço o seu teor.

Ontologia da Felicidade e Esperança

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Debruço-me tão repetidamente às mesmas conclusões.
Não há perdida tão irrecuperável como a morte.
Não há pena justa para quem mata.
Não há compreensão humana para quem vivo está,
Como se já não estivesse.

Se o objecto é a felicidade de alguém,
Apague-se tudo.
Seja-se apenas ninguém,
Ou os iluminados de força interior,
(Aqueles que descendem de Fénix),
Prescrevam um caminho.

Sim, tenho essa total desconfiança.
Posta a felicidade extinta, dois caminhos:
Não ser,
Ou não sendo, caminhar à existência.

A esperança está “in media res”,
Pois que esperança tem uma alma,
Das que sabem não ter perdido a felicidade,
Mas sim que essa morreu,
Espelhando uma eternidade de nada?

Sim, a análise que faço é posterior ao fim de ciclo,
A análise que faço é ao fim último da existência humana:
A felicidade.

Como pode ser a esperança o firmamento fronteiriço com o nada?
Como pode nomear-se príncipe omnipresente, desde o início ao fim do Homem?
Como pode ser um estado de expectativa para com o futuro, o término da questão?
Ser feliz.
Inexistir.
Inexistir caminhando.
É disto que é composto o fim último!
E não suponham que haja esperança nesse caminho.
A esperança é uma crença na longitude benévola do percurso,
Mas inexistir caminhando é um estado tão terminal,
Como inexistir ou ser feliz.


Pedro Carvalho 11/11/08

O Horizonte da Alma XII

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É tempo de fazer novamente malas. Parece que me mata e que nem me importo. Algo me anda a tornar um viajante erróneo...

Já não é mais um sonho, Luther King

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Em Portugal, já madrugada alta, souberam-se os resultados das eleições Presidenciais Norte-Americanas do dia 4 de Novembro de 2008. O dia deve ser realçado, evidentemente. Não porque se tenha encontrado o 44º Presidente da maior potência mundial, mas porque, quer se queira quer não, quer se goste quer não, passou diante de nós uma página da nossa História.

Gostava de iniciar este análise conclusiva do tema das Presidenciais, precisamente pelo ponto mais ligado à História, e à lírica pois então… Os cidadãos dos E.U.A elegeram para seu presidente, um negro, de nome Barack Hussain, sem qualquer ligação a linhagens da alta roda política nacional (Os Bush ou Os Clinton), abandonado desde cedo pelo pai, gerado no seio de uma família monoparental. Esta é a parte fácil da descrição de Obama. Sem me alongar em algo que me parece acessório, até porque não foi isso que foi eleito, parece-me justo reconhecer que a Democracia andou de mão dada com a integração racial e a tolerância naquele dia 4 de Novembro de 2008. Por um dia, não foi um sonho Martin Luther King.

Obama, como candidato Democrata consegue algo que os Democratas não conseguiam desde 1976, elegerem-se com mais de 50% dos votantes. De facto, este facto, aliado à grande participação eleitoral em torno destas eleições, são factores que jogam muito bem com o carisma de Obama. Quer se goste do inteligente e coerente senador do Illinois, quer se goste do carismático político que “nasceu” na Convenção Democrata, quer se goste de ambos, ou de nenhum, Obama ganhou, ganhou bem, e não cometeu erros durante toda a campanha.

A oposição foi brava, é meritório dizê-lo, porque poucos seriam os que se submeteriam ao “Julgamento Popular Bush” com a elegância de Mccain. Apenas incompreensível a escolha de Sarah Pallin, mas essa foi uma escolha Republicana e não de Mccain como é sabido.

Quanto à estratégia pouco há que dizer. Os Democratas distribuíram os quase ilimitados fundos que dispunham de forma a ter várias frentes bem posicionadas. Se a costa Ocidental e o Nordeste do país são tradicionalmente Democratas, as vitórias no Colorado (Swing State) e sobretudo na Pensilvânia que vale 21 delegados e onde os Republicanos investiram forte têm muito de estratégico. A vitória foi carimbada num dos estados mais badalados, o Ohio, onde quer nas Primárias Democratas, quer nas Presidenciais, desempenhou um papel chave.

Como marcos simbólicos, destaco a Virgínia Democrata, 44 anos depois. Este estado, de antigos traços esclavagistas, elege um Democrata negro. Possivelmente, um dos maiores casos de estudo, e de orgulho para a Obama. A Florida, estado de 27 Delegados, sulista, perdido desde que Clinton saiu da Casa Branca, voltou a mãos Democratas. Obrigado Obama.

Tanta vitória, esperada e inesperada, levou a altas cogitações naquela noite. O Senado que já era Democrata podia tornar-se tão Democrata ao ponto dos Republicanos perderem a capacidade de entrave de qualquer política de Obama. Uma espécie de “Maioria Absoluta” que consagraria como retumbante a vitória, e daria muito jeito à nova administração. Contudo, o estado da Georgia não caiu, como não era previsível que caísse, e os Democratas não chegaram aos 60 Senadores.

Posto tudo isto, muito se fala do Presidente Obama. Para ser sincero, ninguém o poderá saber tão cedo. Apraz-me ideias como a nova condução da Guerra no Iraque, as novas relações externas e a política ambiental. Aos americanos, deverá agradar as prometidas alterações do sistema social e de saúde. Para já conta apenas o símbolo. A seu tempo a aplicação destas políticas. Estar ansioso não será pecado.

Contabilidade final das Eleições Presidenciais Norte Americanas

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Por problemas técnicos no acesso à internet, foi-me impossível terminar a noite eleitoral em directo. Aqui ficam os resultados.

Electoral Votes: 365 Obama; 162 Mccain

Senado: 57 Obama; 40 Mccain

Mapa eleitoral Norte-Americano:

Momento X "E se a Vigínia cair?"

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Florida e Carolina do Norte são apontados como mais dois estados Democratas. Virgínia está surpreendentemente "too close to call" o que pode levar os Democratas aos 60 Senadores. Indiana continua imprevisível mas é complicado poder afirmar a possibiliade dos Democratas conseguirem o conservador estado Norte Americano.

Momento IX "As notícias das 3h"

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Já apenas se decide quão expressiva é a vitória Democrata. Para isso, vale a pena observar a vitória de Obama no Iowa, um Swing State de valor carismático. Mccain vence o Lousiana e Kansas.

Apesar da perdida da Georgia, Virgínia e Indiana teimam em ser inelegíveis e como tal, caso Obama vença históricamente um desses dois estados, o Senado pode ainda conhecer o Senador Democrata número 60.

Yes we can!

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Agora é garantido, não matematica, mas políticamente. Como se advinhava à já quase duas hora e meia Obama vence no Ohio. Com o seu forte peso, Obama está a um pequeno e certo passo de chegar aos 270 Votos Eleitorais.

Pouco relevantes são já as vitórias de Mccain no Wyoming ou de Obama no Colorado, até porque não constituíram qualquer surpresa.

Momento VIII "Georgia dura de mais para ceder"

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Não para a presidência, essa já bem próxima, mas para o Senado. Forte revés Democrata, depois de alimentar esperanças na possibilidade de tomar o bastião Republicano.

Mais do que a vitória de Mccain na Georgia, a possibilidade de chegar aos 60 dos 100 senadores que dão plenos poderes a Obama, uma espécie de "Maioria Absoluta" está agora muito abalada. Ainda assim, denote-se que o Senado já matemáticamente não foge aos Democratas (atingiram já os 52 Senadores).

Momento VII "As boas novas das 2h"

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Fechadas as urnas em Nova Iorque, Rhode Island, Wisconsin, Minnesota, Colorado, New Mexico, Wyoming, Louisiana e Arizona alguns estados permitem já avançar projecções.

NY, New Mexico, Minnesota, Wisconsin e Rhode Island serão Democratas na próxima legislatura.

Mccain soma à Virgínia Ocidental, também o estado da Virgínia embora sem vantagem para se afirmar categoricamente tal resultado. Certo está a Dakota do Norte.

Momento VI "O pequeno New Hampshire e os seus grandes 4 Electoral Votes"

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Existe já unanimidade dos meios de comunicação ao afirmar que New Hampshire "veste de azul". Se assim for, uma das lutas mais directas destas Presidenciais é ganha por Obama.

Os 4 Electoral Votes poderão até não ser decisivos mas é certo que se estabeleceu mais uma vitória carismática de Obama. Posto isto, Mccain espera um milagre eleitoral.

Acompanhamento plural: Blog do Mesquita

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O meu parceiro neste acompanhamento das eleições segue bem vivo. Vale a pena espreitar para ver os seus Pontos de Situação.

Momento V "Mccain segurando o velho Sul, insuficiente..."

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Estão confirmadas as vitórias de Mccain na Carolina do Sul, Tennesse e Oklahoma. Alabama e Arkansas também não fogem aos Republicanos.

Tudo vitórias esperadas e sem expressão se tivermos em conta que a Pensilvânea tombou e o Ohio parece estar cada vez mais perto da esfera Democrata. Se isto vier a acontecer, o próximo presidente dos Estados Unidos da América será Barack Obama.

Momento IV "O pequenos estados do Nordeste"

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Obama venceu claramente os pequenos estados do Nordeste. Desta forma, Maine, Maryland, New Jersey, Delaware, Connecticut, D.C. e Massachusetts.

Ainda parece ser possível confirmar desde já a vitória do Obama no estado onde é senador, o Illinois.

Momento III "Pensilvânia, Ohio"

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Apartir de agora estamos a entrar na fase mais importante das eleições. Dada esta circunstância, excelentes indicadores para Obama. Os Republicanos perdem a Pensilvânia e parecem ter cada vez mais dificuldades para segurar Indiana. Já Ohio não é conclusivo mas a própria indecisão não é de modo algum favorável aos Republicanos.

Obama pode estar perto de selar a vitória nas eleições americanas. A cautela aconselha-nos a esperar pelo interior do país.

Momento II "Too close too call"

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Virgínia Ocidental é ganho por Mccain. Não surpreende, apesar das sondagens admitirem que Obama poderia fazer história ao ganhar num estado do sul, bastante conservador e de pendente eternamente Republicana.

Em relação aos primeiros resultados divulgados, devemos ter cuidado na análise, uma vez que as primeiras urnas apuradas sã tendencialmente de áreas pequenas, logo conservadoras e pró-Republicanas. Acresce a isso o facto de nenhuma agência oficiosa avançar sondagens gerais.

Vamos ficar "colados" de certo.

Momento I "Indefenição a abrir"

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Nenhum estado está neste momento apurado, de qualquer forma, os meis noticiosos Americanos dão a vitória a Mccain no Kentucky e a Obama em Vermont. Posto isto, na corrida pela Presidência, 3 votos eleitorais para Obama, 8 para Mccain. Contagens de número ainda insipiente, dado que a necessidade de se chegar aos 270 votos eleitorais para ganhar faz com que a noite ainda agora esteje a começar...

Importa referir que os resultados nestes estados são esperados não existindo qualquer surpresa.

Nos "Battle States" tudo equilibrado ou ainda por desvendar em absoluto. Nota para a ligeira vantagem de Obama no estado de Indiana. Uma vitória Democrata neste estado seria um passo de gigante para Obama.

Acompanhamento às eleições Norte-Americanas

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Hoje este blog manter-se-á acordado até bem tarde. Inicío o acompanhamento possível aos resultados eleitorais das eleições Norte-Americanas.

Para me acompanhar, Ricardo Mesquita no seu blog (http://ricardomesquita.blogspot.com/) estará em constante actualização, bem como comentários aos resultados.

Que comece a noite eleitoral!

America, do antes para o depois

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Esperemos que comece hoje o futuro.