Estava numa varanda da minha verdadeira casa, e sentindo uma paz que me sabe cada vez melhor, foi talvez fecundo, o tempo em que lá me mantive. Isto porque, escrevi num curto momento, e sem duvidar, o seguinte pensamento que passo a transcrever.
Nunca serei capaz de retirar uma conclusão genérica da vida. Muitos proferem-nas e não os acuso de arrogância, o erro está, no facto da generalização ser uma das bases do erro. Há sempre outra via. Como também esta conclusão não é genérica, e dado que não me quero contradizer, a primeira palavra "nunca", é também um erro. Assim, creio que todas as conclusões são futuros erros históricos. Isso é evolução. E mesmo que a fé consiga revestir-se de uma validade genérica perante o crente, é apenas um erro de diferente índole. Neste, não existe a possibilidade de provar que é um erro, apenas porque se baseia em princípios de existência de generalidades, que também elas só não são falsas, porque nunca chegaram a ser verdades absolutas, dado carecerem de prova.
Poderão acusar-me de esquivar-me à questão da fé, pois esta não estará ligada à dúvida, mas sim ao dogma. Contudo, ao aceitar um dogma, está-se de forma mais ou menos consciente, a negar a procura de uma tal verdade genérica, mesmo que seja apenas terrena, da qual tudo se procura revestir.
Terá o Homem Verdades genéricas? Não. Seriam necessárias? De certo.
Mas eu não baseio qualquer possibilidade de generalização em bases incertas como a fé, para chegar a uma qualquer Verdade, dessas que se pretendem genéricas ou absolutas.
Apenas uma opinião, que tento que seja sustentada e de postura auto-crítica. Na verdade, se nada é genérico e aplicável sempre, também esta opinião não o será.
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