Pobres mas ecológicos

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Tenho sido muito crítico das políticas do governo, particularmente no período mais recente. Contudo, e até porque a campanha que intermitentemente vem apoquentando as ruas me tem aborrecido, abro o ano - politicamente falando - com um elogio ao governo: o aparente sucesso da aposta nas energias renováveis.

Num certo programa do Esplanada Cidadania, e por exercício de coerência, referi que Portugal teria, pelas suas características geográficas, um claro trunfo no século XXI: as energias renováveis. Frisei aliás que esse poderia ser, desgraçadamente, o nosso único trunfo. Aqui chegados, é bem certo que Portugal não marca o passo de coisa nenhuma, nem define agendas, muito menos padroniza a energia-tipo utilizada na produção em massa dos dias de hoje. Contudo, a simples diminuição da dependência de combustíveis fósseis, e a consequente redução da famigerada factura energética, são, per si, factores de competitividade no longo prazo.

E se hoje, a energia verde está longe de ser barata, e por isso, eficiente, este é pelo menos um sector que reúne duas boas notícias; a saber: somos pioneiros, e esta apresenta tendências estratégicas no futuro.

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