A parva da Geração auto-intitulada de não parva

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Em relação ao texto de cloaca da senhora, apenas as considerações essenciais:

1º Não foram os que "se fazem de vítimas" que puseram isto como está.

2º Percebo perfeitamente que a geração da senhora espere ansiosamente que a nova geração a tire do buraco em que a geração dela nos pôs: a todos.

3º "É claro que os jovens tiveram azar no momento em que chegaram à idade do primeiro emprego." (risos) É um azar como outro qualquer este... É como receber um jornal num semáforo e apanhar ódio snob na primeira coluna.

4º "...aprender a um nível de ensino superior para mais, significa estar apto a reconhecer e a aproveitar os desafios e a ser capaz de dar a volta à vida" que como todos sabemos é a definição natural de licenciatura... Aliás, o que nós vemos é que quem não tem curso superior jamais consegue "dar a volta à vida" porque não estudou para isso. O Esforço, a dedicação, e a força de vontade foram as três cadeiras mais difíceis do meu curso por exemplo.

5º O primeiro parágrafo é genial. Mas concordo; de facto não aprendemos nada. É por não termos aliás aprendido que não há emprego, que existe uma precariedade no trabalho jovem enorme, que o desemprego nos jovens licenciados parece os Himalaias, que os impostos sobem, e que os nossos melhores alunos - aqueles que aprenderam alguma coisa - se vão embora. É natural. É que aturar a gratuitidade de opiniões destas num jornal, já de si, gratuito, é demais para quem não é parvo.

Das minorias parlamentares

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" E assim continuará a ser, até ao fim desta imprudente experiência minoritária, que se espera que sirva de lição e abra caminho à inscrição constitucional da sua impossibilidade..."

Sublinho o que diz aqui Carrilho, algo que também eu defendo há algum tempo em paralelo com um regime presidencialista. Na verdade, está mais que visto que isto assim não dá. E tudo o que for dar instrumentos reais para o exercício do poder é bem vindo. Em Portugal o regime só permite este ridículo "tacticista" porque somos de demasiados brandos costumes. O povo vota sempre pela inacção, nunca pelo espírito reformista, e isso mostra como em 35 anos de democracia, vivemos apenas 15 em maioria absoluta. O resto foi andar a empatar e a endividar. Gestos de sobrevivência política.

Obrigado

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Sei que vou ter saudades. Ao melhor jogador que vi jogar de verde e branco, o meu obrigado.